Falar sobre saúde mental é sempre importante, sobretudo em tempos desafiadores como os que vivemos, com a pandemia do novo coronavírus. Celebrado neste 10 de outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental de 2020 acontece nesse cenário, em um momento extremamente delicado e que alerta quanto à importância do cuidado consigo e com aqueles que estão ao seu redor. Preocupada com a gravidade dessa situação, a Florence trouxe, por meio da sua secretária acadêmica, Sandra Pinto, dicas fundamentais para que todos busquem estar com a sua saúde mental em dia nesse momento.
Para ter uma ideia da gravidade da situação, quando falamos de pandemia e saúde mental, conforme uma pesquisa realizada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), 51% das pessoas consultadas revelaram que a pandemia da Covid-19 teve um impacto negativo na sua saúde mental. Ainda conforme o estudo do CICV, a pandemia da Covid-19 “agravou doenças mentais existentes, gerou novas doenças e limitou ainda mais o acesso aos serviços de saúde mental”.
O dia 10 de outubro foi celebrado pela primeira vez em 1992 por iniciativa da Federação Mundial para Saúde Mental, uma organização global de saúde mental com membros e contatos em mais de 150 países. A partir de então, todo mês de outubro, neste dia, milhares de pessoas aderem à campanha, chamando a atenção para as doenças mentais e seus principais efeitos na vida das pessoas em todo o mundo.
Coordenadora do projeto Florence Orante, do Canal Florescer, a secretária acadêmica Sandra Pinto tem debatido o assunto com afinco nos últimos meses na live semanal realizada pela Florence por meio do seu perfil do Instagram (@florence_superior). Conforme Sandra, os tempos que vivemos exigem de nós cada vez mais resiliência e perseverança. “Durante esse período de pandemia, com o isolamento social e tudo mais, nós decidimos dar início a esse projeto por entender que esse momento está sendo extremamente desafiador em inúmeros aspectos e que não sairemos dele ilesos. Todos fomos impactados, uns de forma mais branda, outros de forma mais intensa. Para isso, precisamos ter uma saúde mental e emocional em dia, por meio das estratégias que tenhamos em mãos”, comentou Sandra, que trouxe dicas valiosas a respeito da saúde emocional.
A saúde emocional é caracterizada pela capacidade de controlar e gerenciar as alterações de comportamento que influenciam nossas atividades cotidianas. Nesse sentido, abordam-se sentimentos que ocasionam falta de motivação, vida afetiva vazia, objetivos pessoais e profissionais difusos, comportamentos apáticos e de procrastinação frente às atividades diárias.
É fundamental não somente identificar os problemas relacionados à saúde emocional, mas também guiar suas atitudes para resolvê-los.
A saúde emocional é tão importante para o funcionamento do corpo e da mente que o desequilíbrio de suas funções pode levar ao esgotamento mental. Esse agravo é caracterizado pela exacerbação de emoções negativas, que podem se externar por meio de choros intensos, desabafos angustiantes, insônia ou agitação para dormir, irritabilidade, falta de paciência e dificuldade de concentração.
A autoestima deve ser sempre cultivada através de comportamentos e atitudes positivas. Mude o visual, modifique o jeito de se vestir, aposte nas novidades e tendências sobre estética e beleza, enfim: invista naquilo te faz se sentir bem.
Melhore sua atitude e se aproxime de pessoas alegres, motivadoras, que possam te ajudar a controlar suas emoções e a crescer pessoal e profissionalmente.
Paralelamente, procure eliminar o ódio, a angústia, a inveja, a solidão e o estresse. Administre as tensões e preocupações diárias para que elas não atrapalhem suas funções vitais de alimentação, sono e convívio social.
Cuidar da alimentação é uma ótima forma de se manter emocionalmente saudável. Uma nutrição adequada pode prevenir comportamentos de irritabilidade e sintomas de depressão.
Nada como balancear as emoções com atividades que te dão prazer. Além de acalmar e ajudar na concentração e canalização de sentimentos, atividades prazerosas estimulam a inteligência e as habilidades socioemocionais.
Se precisar, procure ajuda! (Fonte: CVV)
A ajuda pode vir de um amigo, parente, colega de trabalho ou escola, professores, ou alguém que está próximo a quem precisa e também dos voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), que são treinados para conversar com pessoas que estejam passando por alguma dificuldade.
Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, gratuito, que funciona 24 horas. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados pelo site www.cvv.org.br.
