“Os impactos da masculinidade tóxica na saúde emocional do homem” foi o tema debatido no bate-papo promovido pelo curso de Enfermagem da Faculdade Florence na manhã da última terça-feira (11). A atividade faz parte do ciclo de palestras em alusão ao Novembro Azul, campanha de conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. O evento presencial teve como palestrante a professora especialista em Saúde Mental Walquiria Silva.
Durante a conversa científica, foram apresentados relatos de casos de doenças mentais em homens observados por alunos do curso de Enfermagem da Florence no Estágio em Saúde Mental, realizado no Hospital Nina Rodrigues.
“O bate-bola científico foi um evento riquíssimo para a nossa comunidade acadêmica e contou com a organização dos nossos alunos estagiários do 10º período. Na discussão de casos, que envolviam as doenças mentais nos homens e as barreiras para a busca de tratamento, os alunos puderam esclarecer pontos relevantes da assistência prestada a esses pacientes, o que contribui para a formação acadêmica e profissional do enfermeiro”, comentou a coordenadora do curso de Enfermagem da Florence, prof.ª Ana Larissa Nogueira.
Os participantes da roda de conversa puderam aprender como os futuros profissionais da área da saúde podem perceber doenças mentais no homem, incentivando o paciente na busca por tratamentos adequados no Maranhão, tendo em vista que o Estado tem um dos maiores índices de suicídio na população masculina.
Especialista em Atenção Psicossocial com foco em prevenção do suicídio e dependência química e mestra em Saúde Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Walquiria Silva apresentou abordagens que humanizam o tratamento do paciente masculino.
A palestrante Walquiria Silva apresentou abordagens que humanizam o tratamento do paciente masculino
“Tratar hoje, não só no Novembro Azul, mas durante todo ano, da saúde mental do homem é um fator importante, porque a gente percebe que a masculinidade tóxica tem relação direta com a dificuldade de diagnóstico. Muitas vezes, por acreditar que o fato de ter a masculinidade, se tornar homem e ter que ser o protetor da família, ter que ser o durão e não chorar, ele acredita que isso o impede de adoecer mentalmente, como se ele estivesse imune das doenças mentais. Quando a gente traz essa questão do porquê de estudar esse tema, o primeiro fator que a gente leva em consideração são os dados epidemiológicos, pois hoje o Maranhão é o quinto Estado do Brasil com maior número de casos de suicídios”, afirmou.
De acordo com a especialista, o homem enfrenta muitas barreiras e não consegue expressar suas emoções facilmente.
“Para nós foi importante tratar dessas questões na roda de conversa, porque a depressão e os transtornos de ansiedade no homem têm algumas peculiaridades. A depressão no homem muitas vezes é reconhecida não como sinais de tristeza, mas como uma relação de dependência química. Ele prefere muitas vezes se refugiar e exceder no consumo de álcool do que assumir que não está bem. O gênero masculino, através da cultura do machismo, muitas vezes não compartilha que está com medo e que está se sentindo incapaz. Os aspectos emocionais no homem são mais limitados pela própria questão da fala, por achar que tem que ser durão. Então, não é que ele não sente, ele apenas não se expressa. O nosso evento teve como objetivo desmistificar essas questões, mostrar que o homem chora, sente, mas que a estrutura machista limita essa expressão emocional dele, o que pode causar um adoecimento mental”, complementou.
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O estudante que ingressa no curso de Enfermagem da Florence tem acesso a uma formação ética, técnica e intelectual reconhecida no Maranhão. Já no início do curso terá oportunidade de realizar práticas com a comunidade, desde o primeiro período, e terá possibilidade de envolvimento com pesquisa e extensão, facilitado por um corpo docente qualificado e acessível.
O curso também conta com laboratórios multidisciplinares e específicos muito bem equipados para proporcionar uma vivência de qualidade para os alunos.
“Além disso, quem estuda Enfermagem na Florence garante alta empregabilidade, devido à abordagem humanística e científica da Instituição, e se torna um profissional multicompetente e destacado no mercado de trabalho maranhense”, enfatizou a professora Ana Larissa Nogueira, coordenadora do curso.
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