O curso de Nutrição do Instituto Florence, Unidade Cohab, recebeu, na última segunda-feira (14), no Laboratório de Nutrição, a responsável pela cozinha itinerante Vegetal Nanda Miranda, para aula prática sobre Nutrição e culinária vegana. A atividade fez parte da disciplina de Dietoterapia e Técnicas Dietéticas e teve por objetivo mostrar às alunas da disciplina a importância deste estilo de vida, regionalidade da culinária e reaproveitamento integral dos alimentos.
Durante a prática foram preparados, com a utilização do coco, o vatapá vegano, a torta e a casquinha de caranguejo fake pela Nanda Miranda, responsável pela cozinha itinerante Vegetal. A aula prática foi o fechamento da disciplina de Dietoterapia e Técnicas Dietéticas da turma do penúltimo módulo do Curso Técnico em Nutrição.
De acordo com a professora do curso Ysla Gomes, a atividade mostrou aos alunos as mais variadas formas de preparar alimentos preservando a memória afetiva de comidas que antes eram preparadas por carnívoros e que, com a substituição da carne, podem ser feitas para o público vegano e vegetariano.
“Nutricionistas e técnicos em nutrição têm contato direto com pessoas veganas, por isso precisamos saber dos tipos de preparação dos grupos alimentares deste público. O curso do Instituto Florence em si já prevê as técnicas, então o aprendizado dos diversos tipos de culinária é facilitado. Digo sempre que a teoria só acontece quando tem a prática, então trazer uma pessoa que já é vegana e que trabalha com esses conhecimentos específicos torna muito mais fácil o aprendizado prático, demostrando também as possibilidades de uma comida acessível”, destacou a professora Ysla Gomes.
A Vegetal tem como propósito alcançar as pessoas com alimentos acessíveis. Segundo a responsável pela cozinha itinerante, Nanda Miranda, participar de uma aula de culinária vegana no Instituto Florence foi uma oportunidade de compartilhar e multiplicar conhecimentos.
“A comida vegetariana e vegana que preparamos é carregada de ancestralidade, é uma comida originária com memórias afetivas e estamos felizes de compartilhar este trabalho, dessa forma somamos e multiplicamos conhecimento para que as pessoas possam se permitir preparar e experimentar uma comida que, além de ser inclusiva, abraça o direito dos animais, evita a exploração animal e colabora com a preservação do planeta”, pontuou.
A aluna do Curso do Técnico em Nutrição Noemi Santos, de 19 anos, aproveitou a aula para aprofundar as técnicas que aprendeu na disciplina de Dietoterapia e Técnicas Dietéticas. “Essa aula prática trouxe mais conhecimento, pois vimos como funciona de fato a preparação da culinária vegana. Também achei legal a parte do reaproveitamento dos alimentos, técnica culinária que evidencia um dos aspectos deste estilo de vida, que ajuda o meio ambiente”, disse.
Já a estudante Luciana Marques, de 35 anos, gostou da atividade porque entendeu melhor o papel da memória afetiva. “Foi muito bom ver na prática que existe a possibilidade das pessoas que não se alimentam com produtos de origem animal terem uma nutrição exemplar, fazendo o balanceamento dos grupos alimentares e não deixando de lados pratos que são parte das suas raízes culturais. Aprendemos que não é preciso deixar de comer um prato como o vatapá, afinal a memória afetiva que temos por certos alimentos fica e achei super interessante essa preservação dos sabores regionais na culinária vegana”, finalizou.