A Síndrome de Down (SD), ou trissomia do cromossomo 21, é caracterizada como uma patologia genética autossômica em que os indivíduos apresentam um cromossomo 21 a mais, tendo, no total, 47 cromossomos ao invés de 46. A incidência de ocorrência da síndrome no Brasil é de 1 a cada 600 – 800 nascimentos segundo a Diretriz de Atenção à pessoa com Síndrome de Down.
O Dia Internacional foi criado pela Síndrome de Down Internacional (Down Syndrome International) e seu reconhecimento oficial pela ONU foi proposto pelo Brasil. Neste dia, pessoas com Síndrome de Down e aqueles que vivem e trabalham com elas se mobilizam para defender os direitos, a inclusão e o bem-estar das pessoas com a trissomia. Aproveitando a data, convidamos a fisioterapeuta Nelmar Mendes, professora da Faculdade Florence, para explicar a importância da Fisioterapia no desenvolvimento motor da criança com Síndrome de Down.
Fisioterapeuta Nelmar Mendes, professora da Faculdade Florence.
De acordo com a profa. Nelmar Mendes, a Fisioterapia é indicada para a Síndrome de Down logo após o nascimento da criança diagnosticada, quando se inicia a estimulação precoce utilizando, por exemplo, o Baby Bobath, que procura inibir a adoção de posturas anormais e promover posturas e movimentos corretos, estimulando o Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM).
“O tratamento fisioterapêutico tem o objetivo de auxiliar a criança com Down a obter um desenvolvimento neuropsicomotor adequado, visto que elas podem apresentar atrasos de desenvolvimento devido a algumas alterações, como o tônus muscular, que é uma consequência da síndrome e impacta diretamente na postura da criança e nas aquisições dos marcos do aprendizado.
A fisioterapia, em conjunto com outras profissões como a fonoaudiologia e terapia ocupacional, possuem esse grande papel de realizar atividades e estratégias com que a criança que auxiliem a aquisição dessas habilidades funcionais, uma dessas formas é através da estimulação precoce”, explicou a professora Nelmar.
Ela acrescenta que existem várias técnicas que a Fisioterapia pode utilizar além da estimulação precoce, dentre elas as terapias neurológicas intensivas e vestes terapêuticas.
Portando, através das técnicas de estimulação, podemos incentivar áreas funcionais motoras e sensoriais. A Fisioterapia dá condições para o desenvolvimento adequado da criança, auxiliando para que a idade cronológica (IC) fique o mais próximo possível dos marcos do desenvolvimento esperado para a idade, passando a criança, assim, por todas as fases, como: rolar, arrastar, engatinhar, ficar de pé e andar, obedecer a ordens, ir para a escola, nadar, dentro, é claro, do tempo dela. E com o decorrer do crescimento, as práticas fisioterapêuticas vão contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e social.
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