Benjamin Zymler, ministro do Tribunal de Contas da União, em palestra de encerramento do Seminário Administrativo, promovido pelo Cofen e Coren-SP, na cidade paulista de Embu, disse que o constituinte criou o TCU como órgão auxiliar do Congresso Nacional, mas não estabeleceu nenhuma vinculação de subordinação porque cada um tem prerrogativas próprias. |
Aos parlamentos coube o controle e execução orçamentário dos dinheiros públicos e deixou a responsabilidade do Tribunal de Contas o controle técnico jurÃ-dico para exercer a gestão dos gastos, evitando o julgamento polìtico das contas públicas.
De acordo com o ministro, o gestor tem a obrigação de estudar os aspectos que permeiam os atos administrativos para que evite pareceres jurìdicos que não sejam razoáveis. É importante, segundo o ministro, que os administradores públicos possam contar com boas assessorias jurìdicas para que trafeguem com tranquilidade no mundo das licitações. “O STF pacificou que tanto o gestor quanto o parecerista estão suscetìveis as sanções previstas em lei quando o ato administrativo é complexo e exige um parecer: a exemplo das licitaçõesâ€, alertou.
Hoje é recomendação do TCU que os pregões sejam as modalidades para as compras porque são mais céleres, evitando fraudes e diminuindo o número de problemas. “O pregão eletrônico é a melhor modalidade das licitaçõesâ€, disse o ministro.
“A fiscalização da execução dos contratos são imprescindìveis e indispensáveis. Reside nesta fase outro grande problemaâ€, observou.
Para Zymler, os princìpios constitucionais da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência são dispositivos que vinculam o ato administrativo, pois são comandos que obrigam ao gestor segui-los. “O artigo 37 da Constituinte, em seu caput, vinculam todos os atos administrativos dos agentes públicosâ€, disse.
Manoel Carlos Neri, presidente do Cofen, agradeceu ao ministro Zymler pela palestra de encerramento, em especial por se deslocar num sábado de Brasìlia a cidade de Embu (SP) para discorrer sobre o tema licitações e contratos.
“O Cofen tem procurado capacitar os técnicos do sistema para que corrijam os problemas oriundos das licitações e dos contratos. Novos eventos desta natureza vão ser promovidos com o objetivo de alcançar a meta estabelecida pelo plenário de eficiência em gestão públicaâ€, assinalou Neri.