Debater a formação profissional e o cuidado em Enfermagem como um desafio para as instituições de ensino, esse foi o objetivo principal da VI Semana de Enfermagem do Instituto Florence de Ensino Superior, que reuniu profissionais, estudantes e professores para contribuir com a discussão proposta, nos dias 16, 17 e 18 deste mês. A programação do evento contou com palestras, mesas redondas, minicursos e exposição de trabalhos científicos, com premiação as melhores pesquisas.
“É fundamental discutir, em qualquer tempo, a formação profissional, pois é esse debate constante que melhora a qualidade do ensino, resultando em novas possibilidades de transmitir o conhecimento, aliado as demandas da contemporaneidade do mercado de trabalho. E tudo isso começa aqui na Academia, com a colaboração de todos que compõem a comunidade acadêmica”, disse a Diretora Acadêmica, Professora Fátima Garcez.
A mesa de abertura da Semana contou com a participação dos professores Maria de Fátima Garcez Teixeira, Diretora Acadêmica da Faculdade, Daniel Lemos, Coordenador do Curso de Enfermagem, Mônica Andréa Aragão, Coordenadora do Ambulatório, Luís Fernando Bógea, Coordenador de Estágio, e a professora Doutora Francisca Georgina Macedo, Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem, que abriu os trabalhos com a conferência tema do evento e ressaltou a importância da temática abordada.
“O objeto de trabalho do aluno e de uma instituição se desenvolve a partir de alguns questionamentos: que enfermeiro quero ser? Que enfermeiro quero formar? Por qual enfermeiro quero ser cuidado? Com base nessas respostas a pedagogia do processo de ensino pode se transformar, a partir do olhar crítico sob os profissionais de Enfermagem para, então, transferir aos alunos um ensino capaz de encaminhá-los a assumir o papel de profissionais atuantes, conscientes e responsáveis, tendo como prioridade o cuidado humanizado com as pessoas”, argumentou a palestrante a respeito do processo de ensino e aprendizagem nas escolas de saúde.
Na mesa redonda que complementou a palestra, com a participação dos professores Luís Fernando Bógea Pereira e doutora Elba Gomide Mochel, os pontos principais foram a inquietação dos professores no que diz respeito à formação do aluno e como agregar a ética profissional mediante a realidade dos hospitais públicos e privados do Estado.
A segunda conferência do evento, com o tema “A política de atenção básica e os desafios de Enfermagem”, ministrada pela professora mestra Lúcia Holanda Lopes, desenvolveu a temática ponderando que a atenção básica é essencial para a vida profissional do enfermeiro na promoção da saúde. “Por exemplo, a orientação aos usuários do sistema de saúde e a forma como esse relacionamento se estabelece é uma das habilidades que a atenção básica agrega ao profissional da Enfermagem. E para garantir a atenção básica à população, a capacitação dos profissionais com uma educação permanente é fundamental, pois investir em saúde é construir um futuro mais seguro”, afirmou a palestrante.
Para o professor Daniel Lemos Soares, coordenador da Semana, os resultados dos debates superaram as expectativas. “Ao final desses três dias de trabalhos, podemos avaliar que ainda há muito que avançar no ensino da Enfermagem, mas a compreensão dessa evolução passa pelo entendimento de que a formação necessita da parceria entre instituições, professores e alunos. E fico feliz em constatar que a comunidade acadêmica já começa a se questionar e buscar alternativas para sanar as dificuldades do processo de formação profissional”, concluiu o professor Mestre Daniel Lemos, Coordenador da Semana.
E como é tradição do Instituto Florence, a Semana de Enfermagem homenageou os profissionais Adriano Luís Veras de Oliveira, do Hospital Djalma Marques, e Tatiana Oliveira, do Hospital Geral, em reconhecimento ao relevante desempenho profissional.