No dia 28 de agosto de 1985, o então presidente do Brasil, José Sarney, instituiu, pela Lei 7.352, o Dia Nacional do Voluntariado, a fim de reconhecer e celebrar o trabalho das pessoas que doam parte do seu tempo a serviço de quem precisa, sem receber nada em troca, para causas de interesse social e para o bem da comunidade. Desde então, o dia 28 de agosto é celebrado anualmente no país.
O trabalho voluntário, segundo a Lei 9.608/1988, é definido como uma atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social.
Na Faculdade Florence, a Profª. Dra. Ana Maria Marques, coordenadora da Extensão e Relacionamento Institucional, está à frente de alguns projetos de voluntariado. Um deles é o Circuito Saúde, realizado em parceria com o Viva, órgão estadual de prestação de serviços no Maranhão. Nele, enquanto aguardam atendimento, as pessoas podem receber assistência básica de saúde como aferição de pressão, teste de glicemia, orientação nutricional, entre outros.
“Nosso trabalho já alcançou muitas pessoas. Iniciamos em janeiro de 2018, porém interrompemos agora por conta da pandemia. O Circuito Saúde era realizado por alunos voluntários dos nossos cursos de saúde e as equipes eram montadas mensalmente”, explicou a professora Ana Maria.
Outro projeto, chamado Laboratório de Práticas, era realizado em parceria com o Tribunal de Justiça, no qual os alunos podiam ter acesso a práticas dentro da área deles, além de oferecer esses serviços à sociedade. A parceria com o Tribunal de Justiça tem previsão de 5 anos de desenvolvimento, porém foi afetada pela pandemia e está suspensa momentaneamente.
“Alguns alunos trabalharam na parte da saúde, por exemplo, dando suporte nas corridas ou no ambulatório do próprio Tribunal. Os alunos de Direito ficavam nas Varas e Secretarias Judiciais, de acordo com a maturidade acadêmica e o período deles”, complementou ela.
Ação do Circuito Saúde (imagem registrada antes da pandemia)
Para a professora Ana Maria, o envolvimento com trabalhos voluntários começou cedo e é uma atividade da qual ela não abre mão, pois se sente muito realizada em fazê-lo. “Comecei ainda na época de faculdade, quando eu fazia Pedagogia. O primeiro trabalho que fiz foi com crianças abandonadas pelos pais. Depois passei para um trabalho de alfabetização de adultos, com empregadas domésticas”, revelou a professora.
“Desde nova eu sempre pensei que o que eu tenho de bênçãos na vida, de alguma forma, deve ser devolvido para a sociedade. Por esta razão, eu acho interessante poder retribuir socialmente e também por uma questão pessoal, da minha personalidade, fazer o que eu puder para ajudar porque é uma coisa que me faz muito bem”, completou.
Para ela, ser voluntário, além de uma forma de fazer bem ao outro, é fazer bem a si mesmo. “Contribuir com outra pessoa verdadeiramente, sem que haja nenhum tipo de vaidade, oferecendo o pouco que você tem, que pode ser muito para o outro, também faz bem a você mesmo porque isso é uma forma de bem-estar”, concluiu.
Para Manoel Gusmão, aluno do 10º período do curso de Direito da Faculdade Florence, que participou como voluntário no Laboratório de Práticas, com atuação na Delegacia Especial da Mulher, em 2016, o voluntariado foi essencial e motivador tanto para sua formação pessoal quanto profissional.
“Trabalhar como voluntário na questão da violência de gênero contra a mulher foi um diferencial na minha vida. Minha maior motivação foi poder ajudar pessoas que não tinham condições de arcar com serviços da justiça. Tudo isso foi muito importante para meu desenvolvimento pessoal e profissional”, revelou Manoel.
Manoel Gusmão, no Laboratório de Práticas (imagem registrada antes da pandemia)
1- Ser aberto ao diálogo: conversar com as pessoas com quem se trabalha durante o voluntariado é fundamental para prestar um bom serviço, independente de qual seja sua função no momento;
2- Ser proativo: voluntários que se mostram atentos e dispostos a ajudar em qualquer atividade passam mais confiança do que quem espera ordens para tomar atitudes, além de gerarem melhores resultados;
3- Ser comprometido: estar atento aos horários de trabalho, por exemplo, mostrar pontualidade, ser prestativo e cumprir as tarefas da melhor forma possível é essencial ao trabalho;
4- Ter empatia: a capacidade de se colocar no lugar de outras pessoas e ser solidário a elas é um dos pilares para o trabalho voluntário. Cada pessoa é um ser humano enfrentando seus problemas e buscando melhorar, assim como você;
5- Saber trabalhar em equipe: o trabalho voluntário nunca é feito sozinho. Para que ele dê certo é preciso ter a união de várias pessoas, trabalhando juntas, com disciplina e humildade, pelo mesmo objetivo.
A Faculdade Florence enaltece aqueles que realizam trabalhos voluntários e parabeniza a todos pelo Dia do Voluntariado. É a dedicação de pessoas como vocês que transforma este mundo em um lugar melhor para se viver. Parabéns pelo seu dia!
