O suicídio está entre as 10 maiores causas de morte no mundo. Somente no Brasil, são 12 mil mortes por ano associadas ao suicídio, sendo a maior parte das vítimas jovens entre 15 e 35 anos. No mundo, esse número chega a aproximadamente um milhão de vidas perdidas. Conforme dados de estudos realizados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) esses números, alarmantes, elevam a necessidade de atenção e cuidado com a depressão, doença que chegou a alcançar um aumento de até 50% nesse período de pandemia. Para tratar do assunto, neste dia 10 de setembro, em que é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a Florence traz dicas e canais para ajudar toda a sua comunidade acadêmica.
Em um estudo publicado no ano 2000, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca como causas recorrentes de suicídio situações como: esquizofrenia, o alcoolismo, doenças crônicas, neurológicas e HIV. Essas doenças têm associação comprovada com a depressão, tendo em vista que, muitas vezes, tomada pela tristeza de saber que seu problema não tem cura, a pessoa entra num processo de depressão.
As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já pensou em suicídio. Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.
Em 9 a cada 10 casos de suicídio, conforme a OMS, a vítima poderia ter sobrevivido se tivesse recebido ajuda, sido ouvida e ultrapassado o quadro em que se encontrava. Por essa razão, neste dia 10 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e a secretária acadêmica da Florence, Sandra Pinto, traz algumas dicas para ajudar todos que estão em situação de isolamento social, devido à pandemia que ainda nos assola, a manter uma saúde emocional em dia, fator preponderante para sair de situações de desengano e depressão.
1) O que é saúde emocional
A saúde emocional é caracterizada pela capacidade de controlar e gerenciar as alterações de comportamento que influenciam nossas atividades cotidianas. Nesse sentido, abordam-se sentimentos que ocasionam falta de motivação, vida afetiva vazia, objetivos pessoais e profissionais difusos, comportamentos apáticos e de procrastinação frente às atividades diárias.
É fundamental não somente identificar os problemas relacionados à saúde emocional, mas também guiar suas atitudes para resolvê-los.
2) Evite desequilíbrios emocionais
A saúde emocional é tão importante para o funcionamento do corpo e da mente que o desequilíbrio de suas funções pode levar ao esgotamento mental. Esse agravo é caracterizado pela exacerbação de emoções negativas, que podem se externar por meio de choros intensos, desabafos angustiantes, insônia ou agitação para dormir, irritabilidade, falta de paciência e dificuldade de concentração.
3) Invista em comportamentos positivos
A autoestima deve ser sempre cultivada através de comportamentos e atitudes positivas. Mude o visual, modifique o jeito de se vestir, aposte nas novidades e tendências sobre estética e beleza, enfim: invista naquilo te faz se sentir bem.
Melhore sua atitude e se aproxime de pessoas alegres, motivadoras, que possam te ajudar a controlar suas emoções e a crescer pessoal e profissionalmente.
Paralelamente, procure eliminar o ódio, a angústia, a inveja, a solidão e o estresse. Administre as tensões e preocupações diárias para que elas não atrapalhem suas funções vitais de alimentação, sono e convívio social.
4) Melhore sua alimentação
Cuidar da alimentação é uma ótima forma de se manter emocionalmente saudável. Uma nutrição adequada pode prevenir comportamentos de irritabilidade e sintomas de depressão.
5) Pratique atividades prazerosas
Nada como balancear as emoções com atividades que te dão prazer. Além de acalmar e ajudar na concentração e canalização de sentimentos, atividades prazerosas estimulam a inteligência e as habilidades socioemocionais.
A ajuda pode vir de um amigo, parente, colega de trabalho ou escola, professores, ou alguém que está próximo a quem precisa e também dos voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), que são treinados para conversar com pessoas que estejam passando por alguma dificuldade e que possam pensar em tirar sua vida.
Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, gratuito, que funciona 24 horas. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados pelo site www.cvv.org.br.