A formação profissional de sucesso é aquela que alia os contextos estudados em sala de aula ao desenvolvimento das habilidades processuais de cada aluno. Devido à pandemia da Covid-19, os estudantes do Instituto Florence de Ensino Técnico tiveram que adiar essas atividades por alguns meses. Após liberação do Estado, a instituição retoma as atividades práticas dos cursos, seguindo todas as recomendações das autoridades sanitárias.
Segundo Eliezio Barbosa, coordenador dos 20 laboratórios do Florence, os agendamentos de aula prática são feitos seguindo todas as normas estabelecidas pelos órgãos de saúde. “Em cada laboratório atendemos 12 discentes por horário. Todos são orientados a usar máscara de proteção faceshild e toucas, mantendo sempre o distanciamento já sinalizado dentro dos laboratórios. O protocolo posterior às aulas é de total higienização dos espaços com quaternário de amônio e desinfecção com álcool 70%”, explicou.
A diretora pedagógica de ensino técnico do Instituto Florence, Prof.ª Ildoana Paz, informou que foram concluídas todas as aulas práticas pendentes dos cursos. “Os alunos ficam durante quatro horas seguidas nas práticas, com isso nós temos conseguido atender à demanda. As práticas estavam pendentes por conta da pandemia, mas já estamos atuando com as disciplinas que estão na vigência, que demandam a aplicação de aulas teóricas e práticas”, disse.
A instituição atua com sete cursos técnicos, divididos em 34 turmas, sendo 24 em sala de aula e as outras 10 em campo de estágio. A unidade do bairro Cohab, em São Luís, também utiliza a estrutura dos laboratórios da Florence, no Centro da cidade.
O Instituto Florence, conforme a diretora pedagógica, trabalha com o método de aprendizagem que abrange a visão de totalidade. “Antes do estágio, o acadêmico passa pela formação técnica, ou seja, tem a possibilidade de trabalhar com bonecos que replicam a anatomia humana. Quando a gente trabalha a teoria junto com a prática, a aprendizagem do aluno consegue ser mais efetiva, tudo o que ele viu na teoria o ajuda a perceber de que forma ele consegue resolver na prática e quais são as dificuldades e as mudanças de comportamento em relação a isso”, detalhou.
Heloiza Souza, 23 anos, cursa o 1º módulo de Técnico em Saúde Bucal do instituto. Em sua primeira experiência na aula prática da disciplina de Anatomia e Fisiologia Humana, ministrada pela Prof.ª Luana Costa Silva, ela contou que aprovou essa nova etapa que está vivenciando. “Achei uma experiência boa, até porque nas aulas práticas nós aprendemos mais. Primeira aula prática e eu gostei, espero que seja sempre assim”.
Em sala de aula e com as práticas de laboratório, é possível lidar com erros, medos, conflitos e insegurança. “Tudo o que permeia a insegurança e que ajuda no fortalecimento da aprendizagem, o acadêmico desenvolve nos laboratórios. Quando ele é direcionado para o campo de estágio, é claro que o medo continua, porque ele vai para o domínio público, onde as pessoas atendidas são desconhecidas. Mas, por conta dessa experiência no laboratório, ele estará preparado e buscará o aperfeiçoamento da técnica no dia a dia”, destacou a Prof.ª Ildoana Paz.
Ildoana Paz também chama atenção para esse novo momento que a sociedade vive: a pandemia da Covid-19. “Por conta do coronavírus, a saúde se tornou mais valorizada, os profissionais se sentem mais úteis para a sociedade, pois se percebeu quem são os heróis que estão na linha de frente no combate à Covid. O profissional da saúde sempre adotou protocolos de segurança no campo de trabalho, porém, agora, é necessário ter o cuidado com o uso das paramentações para que não corra o risco de contaminação e nem de contaminar o outro”, completou.