De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), de cada mil crianças nascidas no Brasil, cerca de três a cinco já nascem com deficiência auditiva. Por isso, no dia 10 de novembro, o país chama a atenção para a importância das ações de combate e prevenção à surdez.
Surdez é a diminuição da capacidade de ouvir abaixo de níveis considerados normais. Ela pode ser leve, moderada ou grave. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que pelo menos 800 milhões de pessoas sofrem alguma perda auditiva no mundo. Entre os 20 e 40 anos de idade, a surdez atinge 15% das pessoas. Já acima dos 70 anos, a prevalência pode chegar a 50%.
Para prevenir, o exame das otoemissões acústicas (teste da orelhinha) é obrigatório em todos os recém-nascidos. Quando os exames auditivos são feitos nos primeiros seis meses de vida, de 50% a 75% das deficiências auditivas são diagnosticadas e, em quase todos dos casos, a audição é recuperada com o tratamento.
A surdez é uma experiência difícil. Para lidar com indivíduos que estão passando por isso, é imprescindível que as pessoas mais próximas fiquem atentas aos sinais e busquem a ajuda de um médico especialista para o tratamento mais adequado.
Com a possibilidade de inovações na ciência, existem soluções para quase todos os tipos de surdez, como aparelhos auditivos com alta tecnologia e implantes cocleares. O uso diário do dispositivo de audição, o acompanhamento com profissionais capacitados e o apoio da família são necessários para que essas pessoas consigam resgatar a autoestima e a qualidade de vida.
Para manter um boa saúde auditiva, algumas medidas de prevenção são: respeitar os intervalos de repouso quando a exposição a altos níveis sonoros é intensa; usar protetores sonoros; usar cotonete para limpeza do excesso de cera na parte mais externa do ouvido e para secar a orelha; não fazer automedicação; controlar a exposição prolongada a sons em TVs, celulares e som de carros.