No dia 27 de novembro comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data foi criada por iniciativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e tem por objetivo informar as pessoas sobre os tipos, tratamentos, diagnóstico e prevenção do câncer.
Câncer é um termo usado para se referir a um grupo formado por mais de 100 doenças distintas que apresentam uma característica em comum: o crescimento descontrolado de células que são capazes de invadir tecidos e órgãos. Essas células formam tumores que podem se limitar ao local de origem ou chegar em outras regiões do corpo. Quando o câncer se espalha para diferentes partes do corpo ocorre a metástase.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o câncer é a segunda doença que mais mata, mas, apesar da alta taxa de mortalidade dos variados tipos de câncer, existe uma porcentagem entre 60% e 68% para cura deles. Alguns tipos chegam à chance de cura em 100% mediante o diagnóstico precoce.
O grande desafio atualmente é, além de aumentar mais ainda a porcentagem de cura, evitar que o paciente tenha sua qualidade de vida comprometida pelas reações aos medicamentos do tratamento, preparando sua recuperação para os próximos anos de vida.
Professor de Enfermagem Marcos Cavalcante.
Segundo a OMS, até 2030, os números de câncer podem crescer, chegando a 27 milhões de casos incidentes, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. O professor de Enfermagem da Faculdade Florence Marcos Cavalcante destaca que “no Dia Nacional de Combate ao Câncer são lembradas as batalhas que são travadas diariamente contra uma das grandes patologias no mundo, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares na taxa de mortalidade”.
Principais tipos no Brasil
Os principais tipos de câncer que acometem a população brasileira são o câncer de pele, próstata, mama, traqueia, brônquios e pulmão, e cólon e reto. Entre as mulheres, o principal causador de mortes é o câncer de mama. Já nos homens, o câncer de pulmão é o maior responsável pelos óbitos.
O tratamento do câncer hoje é multidisciplinar e envolve diversas áreas, como hematologia, radioterapia, patologistas, especialistas em fertilidade e aconselhamento genético, além de psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. A quimioterapia tradicional aliou-se à terapia alvo-molecular, tendo efeito apenas sobre as células tumorais, causando menos efeitos colaterais. Já os novos aparelhos de radioterapia permitem direcionar o feixe radioativo apenas aos tumores, muitas vezes menores que 1cm, desenhando o campo tumoral a ser irradiado. Dessa forma, as células dos tecidos normais vizinhos ao tumor são poupadas dos efeitos da radiação.
O professor Marcos Cavalcante indica alguns hábitos para a população evitar o câncer. “Manter o peso ideal para sua altura e praticar atividades físicas, controlar ingestão de açucares e alimentos muito calóricos e sal, melhorar alimentação evitando alimentos ultraprocessados e carnes vermelhas, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, não tomar sol nos períodos entre 10h e 16h e amamentar até os seis meses em casos de puérperas”, indicou.
Além desses cuidados, é necessário realizar periodicamente os exames que podem detectar a presença de qualquer alteração nos órgãos de maior incidência ao câncer. Em pacientes com forte história familiar e risco aumentado, exames genéticos podem identificar alterações e ajudar no planejamento terapêutico precoce.
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