Hoje, 2 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) há 61 anos. Embora a escravidão tenha sido abolida no Brasil no ano de 1888, por meio da Lei Áurea, a data atualmente foca na erradicação das formas contemporâneas de escravidão, como tráfico de pessoas, exploração sexual, casamento forçado e recrutamento forçado de crianças para uso em conflitos armados.
O professor de Sociologia Jurídica da Faculdade Florence Francisco Júnior ressalta que a discussão sobre a temática deve ser permeada pela compreensão da escravidão moderna como um reflexo do modo de produção capitalista.
“Ao contrário da escravidão antiga, que tinha outras características, a escravidão moderna é fundamentada em concepção de garantia do lucro a qualquer custo, mesmo que prejudique a liberdade e a dignidade da pessoa humana. Por isso, ainda temos no Brasil situações de pessoas que são vítimas da prática do trabalho escravo tanto nas áreas rurais do Nordeste e do Norte como em grandes centros empresariais. Nas duas situações trata-se de uma prática voltada para garantia de altos lucros com custo zero de mão de obra”, ressaltou.
Apesar da escravidão moderna não ser definida em lei e marcada por pessoas acorrentadas em senzalas oitocentistas, grilhões, pelourinhos e chicotes, ela é usada como um termo que abrange práticas como trabalho forçado, servidão por dívida e tráfico de seres humanos. Ou seja, a escravidão moderna refere-se a situações de exploração que uma pessoa não pode recusar ou deixar devido a ameaças, violência, coerção, engano e abuso de poder.
“A escravidão moderna tem essa denominação pelo fato dela surgir justamente com o processo de expansão marítima e comercial das grandes potências mundiais do século XVI. Foi a partir desse momento que a escravidão passou a ser um negócio de alto teor lucrativo. A Inglaterra, por exemplo, tinha companhias empresariais voltadas para essa atividade e existiam inclusive métodos de estocagem de escravo ou peças nos navios que cruzavam oceanos”, afirmou o professor Francisco Júnior.
Para cada mil pessoas no mundo, existem 5,4 vítimas da escravidão moderna. Dentro desta realidade, mulheres e meninas são desproporcionalmente as maiores afetadas, representando 99% das vítimas na indústria comercial do sexo e 58% em outros setores, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com relatórios do Programa de Ação Especial para Combater o Trabalho Forçado, mantido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o tráfico de seres humanos gera 32 bilhões de dólares por ano no mundo. Deste número, 44% das vítimas são traficadas com o objetivo de exploração sexual, 32% para exploração no trabalho e 25% para uma combinação de ambos. Estima-se também que metade das vítimas são menores de 18 anos.
Segundo a ONU, mais de 150 milhões de crianças estão sujeitas ao trabalho infantil, o equivalente a quase uma em cada dez crianças em todo o mundo.
Dos 24,9 milhões de pessoas em situação de trabalho forçado, 16 milhões são exploradas no setor privado, como trabalho doméstico, construção ou agricultura.
A exploração sexual forçada afeta 4,8 milhões de pessoas e outros 4 milhões enfrentam trabalho forçado imposto por autoridades estatais.
Para o professor Francisco Júnior, a escravidão vai continuar existindo enquanto houver desigualdade social, desemprego e chances diferenciadas e excludentes para acesso ao trabalho regular. Para isso mudar é necessário propiciar educação de qualidade para a sociedade, fiscalizar as áreas que utilizam o trabalho escravo em suas atividades e promover o desenvolvimento nas regiões de onde provêm as vítimas da escravidão moderna.
“Temos hoje uma legislação voltada para combater a escravidão e o tráfico de pessoas, normas jurídicas voltadas para enfrentar esta prática degradante e criminosa, um grande desafio que temos hoje em relação ao problema da escravidão”, acrescenta o professor Francisco Júnior a respeito dos caminhos que precisam ser tomados para erradicação da escravidão.
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