O aumento da demanda interna e das exportações fizeram o preço da carne bovina disparar nos últimos meses. Segundo o IBGE, a variação foi de 8,09% de novembro para dezembro em 2020, chegando a R$ 170,00 o quilo da picanha. O preço da carne elevou a demanda por aves, peixes e suínos, alimentos que também tiveram alta no valor. Por isso, convidamos a nutricionista Eduarda Gomes Bogea, professora da disciplina de Técnica Dietética Básica da Faculdade, para recomendar opções de alimentos que podem substituir as carnes sem perder os valores nutricionais importantes para o nosso corpo.
O grande receio das pessoas quando buscam substituir a carne é a necessidade de reposição dos nutrientes presentes nos alimentos que têm base animal, como a proteína, o ferro, as vitaminas do complexo B, entre outros. A boa notícia é que todos esses nutrientes podem ser encontrados nos alimentos de origem vegetal, uma alternativa de alimentação plant-based adotada principalmente por veganos e vegetarianos.
A professora Eduarda explica que o aumento no valor da carne tem levado a uma diminuição do seu consumo. Ela alerta, contudo, que alguns pontos importantes devem ser avaliados com cuidado para que essa diminuição não reflita na qualidade da ingestão de nutrientes.
“O principal nutriente que encontramos em maior quantidade nas carnes são as proteínas, substância importante para o aspecto estrutural do corpo para a manutenção de unhas, pele, cabelo e estrutura celular. O aporte proteico é super importante e a gente precisa encontrar uma forma de substituir adequadamente quando existe um menor consumo das carnes”, explicou a nutricionista.
Em contrapartida, ela pontua que a substituição da carne traz o equilíbrio nutricional que o consumo exagerado da carne pode desequilibrar, além dos benefícios econômicos. “A carne vermelha tem uma elevada taxa de gordura saturada, que aumenta consideravelmente o surgimento de doenças cardiovasculares”, pontuou.
De acordo com ela, boas substituições são os ovos, alimento acessível que pode fazer parte das principais refeições. Um exemplo de preparação é a omelete incrementada com ervas e vegetais ralados, como cenoura, tomate, cebola. Além dos ovos, a professora Eduarda destaca que existem as leguminosas, como o feijão, a lentilha e a soja, que são boas alternativas de substituição das carnes. Ela destaca o feijão, classicamente consumido pela população brasileira, como alimento rico em proteína e ferro. Outra leguminosa que ela cita como alternativa é a soja, encontrada com facilidade nos supermercados como proteína de soja e que pode ser preparada como torta ou carne moída de soja.
Confira abaixo alimentos que podem substituir a carne:
Tofu: obtido a partir da soja fermentada, é rico em proteínas e minerais, como cálcio, fósforo e magnésio.
Leguminosas: grão-de-bico, todos os tipos de feijões, ervilha, lentilha, soja e favas são ótimos substitutos da carne, fontes de proteína vegetal, vitaminas e minerais, como o ferro.
Sementes: sementes de chia, linhaça, girassol e gergelim fornecem boas quantidades de proteína, ômega-3 (encontrados no peixe) e vitaminas do complexo B. O gergelim é também excelente fonte de cálcio.
Cereais integrais: arroz, aveia, amaranto, trigo, quinoa e centeio. Assim como as leguminosas, são boas fontes de proteína vegetal, fornecem vitaminas do complexo B, ferro e fibras.
Verduras de folhas verde-escuro: couve, brócolis, escarola, rúcula e agrião são exemplos de verduras ricas em ferro.
Oleaginosas: castanhas, amêndoas, nozes, avelãs e macadâmias, são ricas em gorduras insaturadas, proteínas, fibras e antioxidantes. Além disso, são fontes das vitaminas E, do complexo B e de minerais como zinco, potássio, manganês, ferro, cobre e selênio.
A professora Eduarda Gomes Bogea alerta que uma alimentação à base de vegetais, como todas as outras, deve ser acompanhada por um profissional da nutrição, que dará informações e auxílio necessário para manter as taxas de nutrientes normais no corpo.
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