Fevereiro reúne consigo duas cores que remetem a importantes campanhas de conscientização e combate a diversas doenças. O “Fevereiro Roxo” chama a atenção para o Lúpus, a Fibromialgia e o Mal de Alzheimer. Já o “Fevereiro Laranja” volta-se para a conscientização sobre a Leucemia.
O Lúpus é uma doença autoimune inflamatória que pode afetar diversos órgãos e tecidos, causando sintomas como febre, dor nas articulações, fadiga, entre outros. Ela é considerada rara e autoimune, isto é, o que ocorre na patologia é uma reação do sistema imunológico contra as células do próprio indivíduo. Além disso, acomete mais pacientes do sexo feminino do que pacientes do sexo masculino.
O Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, causada pela morte de células cerebrais, e se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas, tais como a memória, a linguagem e a orientação, por exemplo. A doença afeta aproximadamente 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos e 40% dos indivíduos acima de 80 anos. Segundo o Ministério da Saúde, é a forma mais comum de demência em idosos, sendo responsável por mais da metade dos casos.
Já a Fibromialgia é uma síndrome cujos sintomas são dor muscular difusa, fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico e anormalidades do sono, podendo também haver sintomas de depressão, ansiedade, deficiência de memória, desatenção, dor de cabeça, tontura, vertigens, dormências, entre outros sintomas não relacionados ao aparelho locomotor. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a cada 10 pacientes com a doença, sete a nove são mulheres.
Essas três primeiras doenças fazem parte da campanha “Fevereiro roxo” e, apesar de serem patologias diferentes, carregam consigo uma semelhança: não têm cura. Por isso, a campanha visa incentivar o diagnóstico precoce, para que as pessoas que convivem com a doença possam ter qualidade de vida.
“O Alzheimer, a Fibromialgia e o Lúpus são doenças que embora não tenham cura, depois de reconhecidas e tratadas, podem ter sua evolução retardada com medicamentos específicos e outras terapias associadas. Ter diagnóstico precoce de tais doenças é o primeiro passo para buscar aliviar os sintomas e, em alguns casos, controlar o avanço, elevando a qualidade de vida do paciente. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, mais eficiente ele será”, destacou o professor do curso de Enfermagem da Florence, Marcos Cavalcante.
Além disso, tem também a campanha “Fevereiro laranja”, com o objetivo não só de conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce da Leucemia, mas também dar visibilidade à importância da doação de medula óssea.
A Leucemia é uma doença cuja característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Existem mais de 12 tipos de variações da doença. As estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que para cada ano do triênio 2020-2022 serão diagnosticados mais de 10 mil casos novos de leucemia no Brasil, sendo 5.920 em homens e de 4.890 em mulheres. Atualmente, é o 9º câncer mais comum no sexo masculino e o 11º no feminino.
“O paciente que tem este câncer, tende, normalmente na fase aguda, a ter muita queda de imunidade, e consequentemente está mais suscetível a processos infecciosos, então em um quadro pandêmico como estamos vivendo agora, sabemos que estar suscetível a infecções é um fator de risco maior. O acompanhamento desse paciente nesta situação é muito necessário”, alertou Marcos Cavalcante.
Debater, combater e prevenir é um dever de todos nós! Fique atento aos sinais das doenças e procure um médico!