No dia 8 de março é celebrado, em mais de 100 países, o Dia Internacional da Mulher. A data foi instituída em 1975 pelas Organizações das Nações Unidas e simboliza a luta histórica das mulheres pela equidade de gênero. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial e se expandiu ao longo dos anos contra o machismo e a violência.
Um incêndio que aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company e vitimizou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens é considerado um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.
Hoje, embora às vezes diluído por um caráter festivo e comercial, o 8 de Março se apresenta como um dia de reflexão sobre as conquistas e os desafios sociais, políticos e econômicos das mulheres e a luta por equidade de gênero.
De acordo com dados do IBGE divulgados em 2019, as mulheres ainda encontram um abismo salarial em relação aos homens. No entanto, na comparação entre mulheres brancas e negras, a diferença pode chegar a até 71%. Na educação, segundo o mesmo levantamento, apenas 5,2% das mulheres negras no Brasil alcançam o ensino superior, contra 18,2% das mulheres brancas.
Ainda segundo o IBGE, em 2016, 21,5% das mulheres de 25 a 44 anos concluíram o ensino superior. Já em relação aos homens, apenas 15,6% concluíram uma graduação. Todavia, mesmo com maior escolaridade, o salário médio das mulheres era cerca 23,5% menor que o dos homens.
Dados da ONU Mulheres, divulgados no fim de setembro de 2020, destacam que o confinamento durante a pandemia levou ao aumento das denúncias ou ligações para as autoridades por violência doméstica de 30% no Chipre, 33% em Singapura, 30% na França e 25% na Argentina.
Além disso, o Brasil registrou 648 feminicídios no primeiro semestre de 2020, 1,9% a mais que no mesmo período de 2019, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em 1827, a partir da Lei Geral, promulgada em 15 de outubro, as mulheres foram autorizadas a ingressar nos colégios e estudarem além da escola primária. Em 1879, as portas das universidades foram abertas à presença feminina. Após 20 anos da Proclamação da República no Brasil, em 1910, nasceu o Partido Republicano Feminino, como ferramenta de defesa do direito ao voto e emancipação das mulheres na sociedade.
Em 1932, o sufrágio feminino foi garantido pelo primeiro Código Eleitoral brasileiro: uma vitória da luta das mulheres que, desde a Constituinte de 1891, pleiteavam o direito ao voto. Em 27 de agosto, a Lei nº 4.212/1962 permitiu que mulheres casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar, inclusive podendo de ter o direito à herança e a chance de pedir a guarda dos filhos em casos de separação. No mesmo ano, a pílula anticoncepcional chegou ao Brasil.
A partir da Lei nº 6.515/1977 o divórcio tornou-se uma opção legal no Brasil e mulheres puderem findar casamentos, porém, mesmo anos após a validação da lei, as mulheres divorciadas permaneciam vistas com maus olhos pela sociedade.
Na Constituição de 1988 as mulheres passaram a ser vistas pela Legislação Brasileira como iguais aos homens. Porém, apenas em 2002 o Código Civil brasileiro extinguiu o artigo que permitia que um homem solicitasse a anulação do seu casamento caso descobrisse que a esposa não era virgem antes do matrimônio.
Em 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha para combater a violência contra a mulher e em 2015 foi aprovada a Lei do Feminicídio. E a partir de 2018 a importunação sexual feminina foi considerada crime.
Diversas mulheres profissionais de saúde estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, atuando de forma conjunta na prevenção e tratamento dos infectados.
Segundo o relatório “Covid-19: Um Olhar para Gênero” do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 70% da força de trabalho ligada à área da saúde no mundo é feminina. No Brasil, os números são parecidos. O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), indica que 65% dos seis milhões de profissionais do setor são do sexo feminino –em áreas como fonoaudiologia, nutrição e serviço social elas ultrapassar 90% de presença, e 80% em enfermagem e psicologia.
Além disso, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), 79% da força de trabalho na saúde é feminina e 85% dos serviços de enfermagem são realizados por mulheres.
A Florence entende o seu papel no fortalecimento da equidade de gênero, por isso, através da educação, entrega ao mercado de trabalho mulheres com formação técnica, ética e humanística. A Instituição construiu sua história carregando o nome de uma grande enfermeira chamada Florence Nightingale, conhecida por fundar a enfermagem moderna. A empresa também tem mulheres com principais líderes, dentre elas, a diretora-geral, professora Rita Ivana Barbosa Gomes e como mantenedora Sra. Teresinha de Jesus Barbosa Gomes.
Além disso, a Florence possui em seu corpo de funcionários 137 mulheres que equivalem aproximadamente a 58% do total de colaboradores que trabalham na Instituição, muitas delas ocupando cargos de liderança na docência e em áreas administrativas do Instituto e Faculdade.
É nesse espírito de conquistas femininas e fortalecimento dos direitos das mulheres que, para lembrar dessa importante data, convidamos colaboradoras da Faculdade e do Instituto Florence para contar qual é, para elas, o significado de ser mulher – na sociedade e no mercado educacional. Acompanhe agora alguns destes depoimentos:
“Faço parte do corpo docente do Instituto há 8 anos e vejo na educação uma oportunidade para formar profissionais que na maioria dos cursos da saúde são mulheres, que, assim como eu, às vezes têm que conciliar o trabalho, o papel de mãe e os estudos. São mulheres que buscam apoio na educação por melhores condições de vida, algo desafiador durante essa pandemia”, comentou a enfermeira Marina Muniz, professora dos cursos técnicos da área da saúde no Instituto Florence.
“Ser mulher no mercado de trabalho é complicado, afinal muitas vezes nós mulheres temos que conviver com uma jornada dupla e desigualdade salarial. Na área financeira, por ser ocupada em sua maioria por homens, temos algumas dificuldades, mas o mercado tem mudado. A área financeira não era uma opção de seguimento de carreira para mim, mas uma empresa em que trabalhei identificou esse potencial e fui convidada a atuar nesta área, então desenvolver atividades dentro desse ramo na Florence é ótimo, porque tenho outros exemplos de mulheres em cargos de liderança, sendo o maior exemplo a professora Rita Ivana, diretora-geral da empresa”, afirmou Fernanda Cunha, coordenadora financeira da Faculdade e Instituto Florence.
Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo 2021.1 da Florence! Os interessados em ingressar na Instituição, além de um ensino de excelência, destaque em toda a região, contarão com o benefício da 1ª mensalidade a R$ 49, além de bolsas de mérito acadêmico de até 50%*.
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