No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de autistas e uma em cada 160 crianças no mundo nasce com essa condição anualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O autismo é um transtorno de desenvolvimento e o diagnóstico ocorre geralmente dos 2 anos e meio aos 3 anos e não existe cura. Para dar visibilidade ao tema, foi escolhido o dia 2 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo e, para que as ações ocorram no mês todo, foi criada a campanha Abril Azul.
O objetivo da campanha Abril Azul é mostrar as características e as dificuldades do autismo, transtorno que vem sendo estudado há cerca de 60 anos e foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico Leo Kanner, incentivando, dessa maneira, a inclusão do autista na sociedade, bem como a criação de políticas públicas voltadas para esse grupo.
As principais características da pessoa com autismo consistem em comportamentos repetitivos, limitações de atividades e interesses, comprometimento no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal, déficit quantitativo na interação social e comunicação. Os sintomas variam de um indivíduo para o outro e a doença se manifesta mais em meninos.
Vale ressaltar que o autista pode ou não ter alguma deficiência intelectual. Em alguns casos, pessoas com o transtorno chegam a surpreender pela inteligência e são chamadas de autistas de alto funcionamento.
Fisioterapeuta Nelmar Mendes, profa. da Faculdade Florence.
Aproveitando a campanha Abril Azul, convidamos a fisioterapeuta Nelmar Mendes, professora da Faculdade Florence, para explicar a importância da Fisioterapia no desenvolvimento da criança com autismo para trabalhar aspectos motores, sensório-motores, tônus global, tônus postural, coordenação motora, equilíbrio, lateralidade, noção espacial, planejamento motor, esquema corporal e imagem corporal, bem como regulação sensório-motora.
“A Fisioterapia no Transtorno do Espectro do Autismo tem como objetivo auxiliar o indivíduo a realizar com êxito todas as suas capacidades funcionais, respeitando os marcos do desenvolvimento. Então as condutas fisioterapêuticas prezam por conseguir explorar toda a capacidade plástica da criança para ela adquirir posturas e função correspondente à idade esperada através de estímulos sensório-motores e assim minimizar os possíveis atrasos no desenvolvimento”, explicou a professora Nelmar.
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