O Dia Mundial do Doador de Sangue é comemorado anualmente em 14 de junho. O objetivo desta data é homenagear todos os doadores de sangue e conscientizar os não doadores sobre a importância deste ato, que é responsável por salvar milhares de vidas. A data foi criada em 2014 por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A necessidade de sangue seguro é universal. O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais.
De acordo com a coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Florence, profa. Paula Moiana da Costa, o mês em que se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue é historicamente conhecido pela maior escassez nos bancos de sangue. E este recurso pode ser a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas.
“O sangue doado raramente é transfundido em sua totalidade para uma pessoa. Ele é separado em hemocomponentes, que são os concentrados de hemácias, de plaquetas, de plasma e crioprecipitado. O paciente recebe apenas o que realmente precisa. Assim, cada bolsa de sangue doada é capaz de salvar 4 vidas. Mas, infelizmente, o nível de doações é baixo, então mesmo, nessa proporção de 1 doador para 4 pacientes, falta sangue nos hemocentros para a quantidade de pessoas que precisam dele”, explicou a profa. Paula Moiana da Costa.
A professora de Enfermagem da Florence Kelly Portela Sousa também acrescenta que a quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação e ele tem direito a uma folga no trabalho. “Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. É pouco para quem doa e muito para quem precisa. Além disso, não existe risco de doador contrair doenças porque todo material utilizado na coleta é esterilizado e descartado após o uso”, ressaltou.
De acordo com o Ministério da Saúde, o acesso a sangue seguro ainda é um privilégio de poucos. A maioria dos países de baixa e média renda luta para disponibilizar sangue seguro porque as doações são baixas e o equipamento para testar o sangue é escasso. Globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial. No Brasil, 16 pessoas a cada mil habitantes são doadoras de sangue. O percentual corresponde a 1,6% da população brasileira, o índice ideal de doadores de um país é de 3% a 5%.
Por isso, entendendo a importância da colaborar com as doações, a Florence convida mais pessoas a salvarem vidas doando sangue regularmente e parabeniza os doadores sanguíneos que colaboraram com a saúde do próximo sem medir esforços.
Quem desejar doar sangue em São Luís pode se dirigir ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão, localizado no bairro Jordoa. Os atendimentos são realizados de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h.
Podem doar pessoas entre 16 e 69 anos, que pesem mais de 50kg e estejam em bom estado geral de saúde. Para a doação, é preciso apresentar documento de identidade com foto. Pessoas que apresentem febre, gripe ou resfriado, diarreia recente ou outras condições momentâneas não poderão doar.
É preciso também que o indivíduo esteja bem alimentado, tendo evitado o consumo de alimentos gordurosos antes da doação, e tenha dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
Faça sua doação! Quem doa sangue salva vidas.