São João: uma festa de ritmos e diversidade cultural

São João: uma festa de ritmos e diversidade cultural

Alunas da Florence contam sua história com a festa de São João
Datas Comemorativas | 23/06/2021
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Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de “Festa Joanina”, especialmente em homenagem a São João. O nome “joanina” teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, a festa logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.  

A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha passos e marcações inspirados na dança da nobreza europeia.  

Para os católicos, a fogueira, que é o maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista, e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. 

A Faculdade Florence deseja a todos os alunos, docentes e colaboradores um ótimo São João. Neste período, aproveitamos para relembrar a importância de celebrar com segurança. Use máscara e adote o distanciamento social! 

Nathalia Campos em apresentação no Boi de Axixá

Alunas da Florence no São João  

Nathalia Campos é aluna do sexto período do curso de Fisioterapia da Faculdade Florence e desde 2019 participa de brincadeiras juninas, em especial o Boi de Axixá. A alegria da dança contagiou a aluna, que é apaixonada pela dança. “Quando eu ia aos arraiais eu ficava encantada, com as indústrias, músicas, cada passo! E via muito que as pessoas que estavam ali assistindo vibravam todos juntos, então eu via a alegria estampada no rosto de todos, e isso me motivou mais ainda em fazer parte! Transmitir alegria para as pessoas não tem preço”, comenta.  

Renata Costa em apresentação no Boi de Morros

Já a aluna Renata Costa, do 5º período do curso de Nutrição da Florence, conta que sempre foi apaixonada pelo São João. Ela explica que era daquelas que ficavam até a madrugada esperando a última apresentação nos arraiais. Atualmente, ela participa do Boi de Morros e comenta a saudade que sente em participar da brincadeira. “É um sentimento ruim, triste, uma falta enorme da animação que é o São João, aliás, é a nossa cultura! Temos que valorizar. Mas sabemos que é por uma boa causa. Já, já, todos estaremos vacinados e preparados pra curtir o São João da melhor forma e sem medo”, afirma.

Carolayne Carvalho, do 7° período do curso de Nutrição, participa desde os 10 anos do Boi Novilho Branco. Ela conta que a felicidade das pessoas enquanto dançavam a contagiou. Hoje, ela aguarda ansiosa a volta das festas de São João. “É um sentimento de tristeza, tanto pela falta que a nossa cultura faz quanto pelo momento atual em que estamos vivendo. É difícil, mas com as pequenas participações em lives e entrevistas dá para matar ao menos um pouquinho da saudade do nosso São João”, revela.

Carolayne Carvalho em apresentação no Boi Novilho Branco

 

São João do Maranhão

Nos arraiais do Maranhão é possível ter uma amostra da riqueza e da diversidade do folclore. Um verdadeiro passeio pelos ritmos da cultura popular maranhense que atraem gente de todas as idades.  As danças se mostram de várias formas. A mais popular do nordeste é a quadrilha, que resiste entre tantos ritmos maranhenses. A brincadeira que representa uma grande história de amor se mantém viva pela paixão de quem dança. 

Mas, na cultura popular do Maranhão, um personagem ganha o gosto do público: o boi é o dono da festa. Mas não é só ele. Há ainda as indumentárias dos grupos, que chama a atenção. Como não é só de visual que se faz uma brincadeira, os grupos apresentam ritmos variados, o que faz do São João do Maranhão uma festa única. 

Cada ritmo, chamado de sotaque, é carregado de tradição. São batidas e coreografias que resistem por causa de brincantes apaixonados. Quando o bumba meu boi entra em cena, os fãs desse teatro popular ganham um espetáculo que resiste ao tempo e continua atraindo sempre novos admiradores.  

História de São João Batista 

São João é considerado o santo mais próximo de Cristo, pois, além de ser seu parente de sangue, Jesus foi batizado por João nas margens do rio Jordão. Filho de Isabel e Zacarias, João nasceu na Judeia no ano 2 a.C., e se tornou popular. Vivendo como um nômade e pregando, conseguiu cativar as pessoas para se batizarem. 

No ano 27 d.C. João Batista morreu decapitado a mando de Herodes, que vivia em adultério com a mulher de seu irmão, Herodíades.  

O Dia de São João é comemorado em 24 de junho para lembrar o dia em que nasceu João Batista, o profeta que previu o nascimento de Jesus Cristo. A data cristã é celebrada em diversos países. Ao lado de São Pedro e Santo Antônio, São João é um dos santos mais populares do mundo. É considerado, ainda, o primeiro mártir e o último dos profetas. 

 

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