O professor Rodrigo Desterro, do curso de Direito da Faculdade Florence, está concorrendo ao 63º Prêmio Jabuti na categoria Ciências Sociais com o livro “Vulnerabilidades sociais em tempo de pandemia”. Além do professor, a obra possui como coautora a professora Cláudia Maria da Costa Gonçalves. O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano. A cerimônia de premiação ocorrerá na próxima quinta-feira, 25 de novembro, às 19h.
“Há pouco mais de um ano, ainda no início da pandemia da Covid-19, tivemos a ideia de organizar e escrever um livro que pudesse retratar o momento presente e o seu reflexo sobre as vulnerabilidades sociais e as mais diversas formas de expressão da questão social. Lembro-me da Profa. Dra. Cláudia Gonçalves, minha eterna orientadora, professora e mestra, me dizer que precisávamos registrar o que se vivia e, acima de tudo, o que se sentia naqueles dias. Após convidar colegas do Grupo de Estudos de Direitos Humanos e Biodiversidade e de alguns outros grupos e depois de meses de trabalho, publicamos o ‘Vulnerabilidades Sociais em Tempo de Pandemia’. Hoje recebemos a notícia de que o livro é um dos 10 finalistas do 63º Prêmio Jabuti”, conta o professor.
A obra estimula o leitor para reflexões a partir do próprio título, em uma diversidade de áreas de conhecimento dos autores, pela sua atualidade e pela sua perspectiva crítica de análise política e teórico-metodológica, do ponto de vista das classes subalternas, em especial de setores mais vulnerabilizados dessas classes. É uma obra densa, do ponto de vista histórico-conceitual e com muita clareza de exposição, o que permite o acesso amplo a diferentes segmentos com formações diversificadas.
O professor Rodrigo contou a emoção de ser indicado ao prêmio. “Confesso ter sido tomado de grande emoção, já que nem nos meus sonhos mais malucos imaginava chegar a ser finalista em um prêmio que já teve como vencedores Florestan Fernandes, Marilena Chauí, Boaventura de Sousa Santos, Chico de Oliveira, dentre tantas outras pessoas incríveis que sempre foram uma referência para mim. Só posso agradecer a todas as pessoas que fizeram esse livro se tornar realidade. Sim, tem maranhense finalista em um dos maiores prêmios brasileiros de literatura, uma das formas de resistir em meio a tempos tão difíceis”, finaliza.
O maior diferencial do Prêmio Jabuti em relação a outros prêmios é a sua abrangência: além de valorizar escritores, ele destaca a qualidade do trabalho de todos(as) os(as) profissionais envolvidos(as) na criação e produção de um livro. Anualmente, editoras dos mais diversos segmentos e escritores(as) independentes de todo o Brasil inscrevem suas obras em busca da tão cobiçada estatueta e do reconhecimento que ela proporciona. Receber o Prêmio Jabuti é um desejo acalentado por aqueles(as) que têm o livro como instrumento de cultura.