Igualdade da mulher é tema de debate em 26 de agosto

Igualdade da mulher é tema de debate em 26 de agosto

Data representa um marco histórico para as mulheres pelo sufrágio feminino e por igualdade
Datas Comemorativas | 26/08/2022
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Como forma de homenagear as conquistas femininas ao longo das décadas, o dia 26 de agosto foi escolhido como o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data representa um marco histórico para as mulheres pelo sufrágio feminino, por direitos civis, por representatividade política e por igualdade, além de ser uma oportunidade de sensibilizar a sociedade quanto à eliminação das desigualdades existentes entre homens e mulheres.

Igualdade feminina no Brasil

Um dos principais movimentos de reivindicação feminina do Século XX foi o movimento sufragista, que ocorreu em vários países democráticos do mundo, tais como Estados Unidos, Inglaterra e Brasil. Foi por meio de muita mobilização que a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) foi fundada, no ano de 1922. As brasileiras tiveram direito ao voto dez anos depois, em 1932, quando foi aprovado um novo Código Eleitoral, garantindo o sufrágio feminino.

O direito à participação no mercado de trabalho foi outra conquista obtida pelas mulheres brasileiras no Século passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no país, entre a década de 1940 e 1990, as mulheres passaram de 2,8 milhões para 22,8 milhões no âmbito trabalhista.

Embora as reivindicações como o direito ao voto e ao mercado de trabalho tenham sido alcançadas ao longo do Século XX, há muitas outras conquistas que ainda devem se tornar realidade no Século XXI.

Profa. Alda Bayman

“Igualdade oferece iguais oportunidades de atuação, acesso e tratamento. Infelizmente, em vários setores da sociedade isso não acontece. Basta olhar os vários ambientes laborais em que é dado estatístico a mulher exercer a mesma função dos homens e receber menos por isso. Vamos para os cargos de liderança na sociedade organizada (Presidente do TJMA, presidente do TCE MA, etc.) são todos homens não por ausência de mulheres mas porque são colocadas à margem de um processo que delega papéis secundários mesmo que tenha os requisitos e competências por vezes até melhores que os homens. Infelizmente, temos que lutar contra essa realidade todos os dias”, frisa a professora do curso de Direito da Florence, Alda Bayman.

 

Lutas e conquistas de mulheres trans

O processo de inclusão social das mulheres trans  vem ganhando um tratamento progressista dos tribunais. Um dos avanços, por exemplo, a decisão do STF que desobriga a necessidade de cirurgia de redesignação sexual, bem como da solicitação judicial, para que se retifique o nome das pessoas trans.

No entanto, a docente ressalta que ainda são poucas as mulheres trans que possuem carteira de trabalho assinada ou que ocupam um cargo de gerência. “O preconceito e baixa escolaridade, de acordo com os estudiosos da área , faz com que as relações na população transgêneros se restrinjam a salões de beleza, serviços de teleatendimento e prostituição. Logo, investir em ações e políticas públicas como o Transcidadania podem ampliar o campo de atuação deste grupo no mercado de trabalho e até mesmo reduzir o índice de violência”, observa a professora.

Oportunidades para mulheres na Florence

Alguns dos desafios a serem superados pelas mulheres estão no mercado de trabalho, onde muitas ainda precisam enfrentar uma longa jornada para conquistar um cargo de liderança, por exemplo. “O combate a essa desigualdade parte não só de políticas públicas de conscientização mas de mecanismos legais que possam estimular a igualdade de oportunidades nos vários campos e perante os vários poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. A obrigação legal por cotas de gênero é apenas uma das alternativas nesse universo porque se garante um mínimo de representatividade feminina”, destaca a profa. Alda Bayman.

Ciente de que a promoção da igualdade de gênero gera ganhos positivos para toda a sociedade, a Florence caminha em sentido oposto a esses dados negativos do cenário nacional. De todas as contratações realizadas na Instituição, cerca de 80% são de mulheres. Além disso, a Instituição também assegura o cumprimento da política de equidade salarial entre todos os cargos, inclusive em cargos de gestão, que em sua maioria são ocupados por mulheres.

Por fim, a história da Instituição é feita por mulheres. A fundação da Florence foi realizada por Dona Teresinha de Jesus. Ao lado da sua filha, a profa. Rita Ivana, dona Teresinha, persistiu no seu sonho pela educação. 

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