O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) anunciou “Equidade já” como tema do Dia Mundial da Aids 2022, cujos eventos de conscientização acontecerão no dia 1º de dezembro.
Segundo o Unaids, a campanha deste ano é um convite para que pessoas, organizações, instituições e governos se sintam encorajados a se contrapor às desigualdades sociais, que são uma barreira aos avanços para erradicar a Aids, uma ameaça à saúde pública, até 2030.
As desigualdades que perpetuam a pandemia de Aids não são inevitáveis e devem ser enfrentadas com ações que incluam:
– Aumentar a disponibilidade, a qualidade e a adequação dos serviços para tratamento, testagem e prevenção do HIV, a fim de que todos sejam bem atendidos;
– Reformar leis, políticas e práticas para superar o estigma e a discriminação experimentados pelas pessoas que vivem com HIV e Aids e das principais populações marginalizadas, para que todos sejam respeitados e recebam atendimento correto e respeitoso;
– Assegurar o compartilhamento de tecnologias para possibilitar o acesso equitativo ao melhor da ciência relacionada ao tema, para comunidades e diferentes regiões de países desenvolvidos, bem como de baixa e média renda.
Dados do Unaids sobre a resposta global ao HIV revelam que, durante os últimos dois anos, pontuados pela COVID-19 e outras crises globais, o progresso da resposta à pandemia da Aids tem falhado e os recursos têm diminuído. Como resultado, milhões de vidas estão em risco.
Após quatro décadas de enfrentamento ao HIV, as desigualdades ainda são persistentes nos serviços mais básicos, como prevenção, diagnóstico, tratamento e, principalmente, no acesso às novas tecnologias.
Apenas um terço das populações-chave – incluindo homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas que fazem uso de drogas, profissionais do sexo e pessoas em privação de liberdade – têm acesso regular à prevenção do HIV. Essas populações enfrentam, também, grandes barreiras jurídicas, incluindo criminalização, discriminação e estigma.
Faltam apenas oito anos para que se chegue a 2030, prazo estabelecido como meta para acabar com a Aids como ameaça global à saúde. As desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas devem, portanto, ser tratadas com urgência.
As lideranças mundiais precisam agir com ousadia e responsabilidade e todos, em todos os lugares, devem fazer tudo o que puderem para ajudar a combater as desigualdades.
A Aids é uma doença infecciosa, transmitida pelo vírus HIV. Na primeira fase, chamada de infecção aguda, ocorre a incubação do HIV – tempo que decorre entre a exposição ao vírus até o surgimento dos sinais da doença. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, na maioria dos casos, passa despercebida.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns.
Os sintomas que comumente aparecem nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a Aids.
Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou por não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
Pessoas soropositivas, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 e atuam para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e seu uso regular é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV, reduzindo o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
No Brasil, desde 1996, o SUS distribui gratuitamente os medicamentos para HIV/Aids a todas as pessoas que necessitam de tratamento.
Criado em 1988, o Dia Mundial da Aids foi o primeiro dia internacional para a saúde global e, a cada ano, agências da ONU, governos e sociedade civil se unem para fazer campanhas em torno de temas específicos relacionados ao HIV, com atividades de conscientização e mobilização ao redor do mundo.
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