Campanha “Janeiro Roxo” promove conscientização sobre a hanseníase

Campanha “Janeiro Roxo” promove conscientização sobre a hanseníase

Desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro para a conscientização sobre a...
Graduação | 09/01/2023
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Desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro para a conscientização sobre a hanseníase é roxa, a cor escolhida como também uma forma de pontuar as campanhas educativas sobre a doença que ainda é vista com muito preconceito e desinformação.

A hanseníase, anteriormente conhecida por lepra, teve seu nome alterado no Brasil no ano de 1976. Essa mudança ocorreu por uma iniciativa do médico dermatologista, Abrahão Rotberg, professor da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal São Paulo (EPM/Unifesp), e teve por finalidade, reduzir o preconceito em torno desta doença que, por muitos anos, teve seus pacientes sofrendo rejeição e exclusão social.

Sobre a doença

Trata-se de uma doença infectocontagiosa milenar e os seus primeiros registros datam de 600 a.C. Proveniente do Extremo Oriente, se espalhou para o restante do Oriente, África e depois Europa. Não há menção da doença entre os ameríndios (habitantes da América antes da chegada dos europeus).

Sua história no Brasil, portanto, se inicia durante o período de colonização, porém não se sabe exatamente a data dos primeiros casos. Ainda hoje continua sendo uma doença presente em muitas partes do planeta, sendo que o Brasil tem o segundo maior número de casos no mundo, o mais prevalente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

Essa infecção é causada por uma microbactéria denominada de Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, tendo este segundo nome em homenagem a Armauer Hansen, cientista norueguês responsável por identificá-la no ano de 1873. Acomete homens e mulheres em igual proporção, em qualquer idade e afeta principalmente pele e nervos periféricos (superficiais).

Sinais e Sintomas

  • Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil;
  • Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros;
  • Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração;
  • Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações;
  • Dor e espessamento nos nervos periféricos;
  • Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés;
  • Caroços no corpo;
  • Pele seca;
  • Olhos ressecados;
  • Feridas, sangramento e ressecamento no nariz;
  • Febre e mal-estar geral

Onde se tratar

Se apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, procure ajuda médica ou um posto de saúde mais próximo de sua casa ou uma equipe de saúde da família podem te ajudar. Neles, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar!

Parentes e amigos

Em caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, oriente as pessoas com as quais mantém contato próximo e orientar/recomendar (familiares, amigos, colegas de trabalho) a também irem ao médico para serem examinadas.

Siga o tratamento 

Quem tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. Ao fazer isso, o paciente deixa de ser transmissor da doença. E atenção: é importante não abandonar o tratamento ou deixar de tomar os remédios.

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