Doutorando da USP participa de aula extraordinária do curso de Farmácia da Florence

Doutorando da USP participa de aula extraordinária do curso de Farmácia da Florence

Pedro Carlessi é mestre em Ciências e atualmente faz doutorado em Saúde Coletiva em São Paulo
Farmácia | 25/11/2020
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O farmacêutico Pedro Carlessi, doutorando em Saúde Coletiva da Universidade de São Paulo (USP), ministrou uma aula especial para os acadêmicos de Farmácia da Faculdade Florence na tarde de segunda-feira (23). Mestre em Ciências e professor de Farmácia no Senac São Paulo, o convidado falou sobre “E se a porta do laboratório ficar aberta? A produção de conhecimento no campo farmacêutico e suas possibilidades de reconstrução”.

Suas pesquisas se concentram nas Ciências Sociais, sobretudo a partir de conexões interdisciplinares entre a Antropologia e as Ciências Biológicas/da Saúde. Durante o mestrado, ele realizou trabalho de campo na cidade de São Paulo, associando a pesquisa etnográfica à atividade de coleta e herborização botânica. Analisou a dimensão material das plantas utilizadas por uma comunidade religiosa afro-brasileira e as transformações ontológicas promovidas em laboratórios, interessado na produção de legitimidade social de plantas medicinais, medicamentos dinamizados e fitoterápicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS).

O docente veio ao Maranhão para acompanhar o Programa Farmácias Vivas-Hortos Terapêuticos, gerenciado pela coordenadora do curso de Farmácia da Florence, prof.ª Kallyne Bezerra, que integra sua pesquisa de doutoramento. Ele também está realizando o mapeamento nacional de serviços de fitoterapia que está sendo desenvolvido pela Fiocruz.

“Agradeço à Florence pelo encontro produtivo que nós tivemos. Acredito que a aula soma alguma contribuição para o campo de experiências e de práticas da Farmácia justamente pela possibilidade de interconexões com o fazer etnográfico e com a antropologia, uma vez que a Farmácia tem a primazia de conceitos estabelecidos a sua prática cotidiana. A partir daí que a gente trabalha a ideia de medicamento, a ideia do que é um laboratório, a etnografia e o trabalho antropológico se torna muito rico justamente enquanto empenho de desnaturalização desses termos que nos são importantes. Isso gera, no campo de experiências de alguém que está se formando enquanto um profissional atuante nessa área, antes de tudo, uma experiência autorreflexiva, a possibilidade da pessoa se ver enquanto profissional, olhar para a forma de conhecimento do qual produz e também questioná-la”, afirmou o doutorando.

A coordenadora do curso, prof.ª Kallyne Bezerra, ressaltou a importância do momento. “A importância se dá pelo leque de opções que os estudantes têm de conhecer as várias áreas da Farmácia. Hoje o professor apresentou como um farmacêutico doutorando na área de práticas integrativas, falando sobre uma área da Farmácia que muitos não conhecem e trazendo o que é um retorno não só terapêutico, mas também financeiro, é uma opção a mais de trabalho. Hoje nós tivemos um público do primeiro e segundo período de Farmácia, que a gente precisou que estivesse presencial para poder interagir com o professor, pois nesse momento em que estamos de pandemia a gente precisa manter o distanciamento, mas a interação ainda é muito importante”, comentou.

Klenilson Cleiton, acadêmico do 8º período matutino e integrante da diretoria de comunicação do Centro Acadêmico Garibaldi José de Carvalho Filho da Florence, agradeceu a oportunidade de aprender sobre um conteúdo novo na graduação. “No mínimo, eu gostaria muito de agradecer e no máximo gostaria de dizer que é um conhecimento novo, é uma forma diferente de ver o que seria uma cultura estabilizada e o que seria um tradicionalismo, que a gente pode quebrar por coisas que realmente fazem a diferença hoje em dia. Eu acho que o que realmente é válido pensar é no cuidar, como o palestrante trouxe muito bem para nós, e que cada vez mais a gente possa se renovar como pessoa, como conceito e como tradição”, relatou.

Breno Aurélio, do segundo período matutino, diz ter mudado sua visão sobre seu futuro como farmacêutico após a aula do professor Pedro Carlessi.

“Acredito que a palestra foi muito boa porque ela conseguiu ampliar o modo como eu vou prosseguir a minha futura profissão como farmacêutico, agregando um ponto de vista que eu sinceramente desconsiderava até certo ponto, porque ele trabalhou bastante com a subjetividade e mostrou aspectos da antropologia. A Farmácia trabalha bastante com o lado científico e ele mostrou as características, dando um conteúdo mais vasto sobre a antropologia. Foi um choque para mim, porque eu tinha uma visão muito limitada nesse quesito”, comentou.

Clique aqui e assista à palestra na íntegra.

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O curso de Farmácia da Faculdade Florence conta com reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) com nota 4, professores reconhecidos no mercado de trabalho maranhense, além de laboratórios multidisciplinares e bem equipados de cosméticos, fitofármacos e controle de qualidade.

O estudante de Farmácia da Florence encontra na faculdade projetos de extensão para aprimorar ainda mais sua formação, como as ligas acadêmicas e o “Farmacêuticos do Bem”. A instituição também realiza, todos os anos, o “Farmaflorence”, evento de destaque que traz grandes profissionais da área farmacêutica, e de áreas correlatas, de todo o Brasil ao Maranhão.

O egresso formado pela Florence encontra um mercado de trabalho amplo, com boas ofertas de emprego nas mais diversas áreas farmacêuticas como acupuntura, administração de laboratório clínico, análises clínicas, bacteriologia clínica, biofarmácia e muitas outras.

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