O Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres é lembrado anualmente em 6 de dezembro com o objetivo de sensibilizar os homens sobre o papel que precisam desempenhar para colaborar com o fim da discriminação e violência contra as mulheres. A data foi oficializada por meio da Lei nº 11.489, de 20 de junho de 2007.
O dia remete a um evento ocorrido em 1989, em Montreal, no Canadá, quando Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica. Ele ordenou que os homens se retirassem local e começou a atirar, assassinando 14 mulheres. O jovem se suicidou e deixou uma carta justificando o ato: ele não suportava a ideia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente masculino.
O crime chamou a atenção da opinião pública do país, promoveu debates sobre desigualdades entre homens e mulheres e motivou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign). O movimento cresceu mundialmente e tem a missão de promover a equidade de gênero.
O Brasil é o quinto país mais violento do mundo para as mulheres. Segundo o 13° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2019, houve 66.041 registros de violência sexual em 2018 – 81,8% das vítimas são do sexo feminino; 53,8% tem até 13 anos de idade. O Anuário também alerta que 16 milhões de mulheres com mais de 16 anos sofreram algum tipo de violência no Brasil.
Durante a pandemia da Covid-19, a violência contra a mulher se agravou. Os casos de feminicídio cresceram de 117 para 143 (22,2%) entre março e abril deste ano, em 12 estados do país, comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O professor de Antropologia e Sociologia do curso de Direito da Faculdade Florence João Marcelo afirma que a data é importante para que os homens se coloquem em desconstrução. “Por meio de ações como essa que chamam atenção para as relações de gênero e poder, os homens analisam suas condições como atores principais da violência contra a mulher, afinal eles crescem em ambientes machistas que diminuem e violentam mulheres. Datas como esta dão visibilidade para a violência contra as mulheres, visto que, infelizmente, essas situações ainda são naturalizadas todos os dias”, comentou.
Ele acrescenta que para acabar com a violência contra a mulher, além das leis que protegem a mulher vítima de violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial, é necessário trabalhar as microrrelações sociais, desnaturalizando os vícios patriarcais e investindo em educação.
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