O parto é o momento em que meses de espera se transformam em amor concreto de uma mãe para com o seu filho. Momento sublime na vida de qualquer pessoa, é nessa ocasião em que a mulher se encontra mais fragilizada e necessita de uma assistência plena e dedicada, com humanização. Para isso, uma figura importante nesse processo é o enfermeiro obstetra. Para entender mais a respeito da atuação desse profissional e da sua importância, a Faculdade Florence falou com a professora Tatiana Siqueira, docente da disciplina de Obstetrícia do curso de Enfermagem da Instituição.
Uma das áreas de especialização da Enfermagem, a Obstetrícia é a especialidade na qual o profissional presta assistência integral à mulher tanto na gestação quanto na evolução do trabalho de parto. Os enfermeiros são importantes mediadores para a oferta de cuidados de saúde a gestantes, parturientes, puérperas, recém-nascidos e familiares. São eles que auxiliam a promover e preservar a normalidade do processo de nascimento, atendendo às necessidades da mulher.
Quando falamos de humanização na assistência ao parto, um dos principais aspectos é entender a necessidade do respeito aos aspectos da fisiologia feminina, sem intervenções desnecessárias. Outro aspecto importante é o reconhecimento das especificidades sociais e culturais do parto e nascimento, oferecendo suporte emocional à mulher e a sua família, garantindo os direitos de cidadania.
“A Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1996 define a humanização como um conjunto de práticas que incluem respeito ao processo fisiológico e à dinâmica de cada nascimento, no qual as instituições devem ser cuidadosas, evitar os excessos e utilizar criteriosamente os recursos disponíveis”, explicou a professora Tatiana, detalhando que a humanização surgiu como um modelo assistencial, para melhorar os cuidados prestados pelos profissionais de saúde para com a população.
A professora ainda destacou a definição de humanização no parto. “Em relação ao parto, o Ministério da Saúde (MS) define a humanização como uma relação de respeito que deve ocorrer durante todo o processo entre equipe de saúde e parturiente, devendo ser estabelecidas pela equipe as questões de vínculo e afetividade, valorizando o elo entre o trinômio parturiente, recém-nascido e o pai”, detalhou.
Conforme a docente, a OMS e o MS recomendam que, para uma assistência completa à mulher no período tanto de gravidez quanto de puerpério, as recomendações são de participação de um enfermeiro obstétrico desde o início da gravidez, dando assistência à mãe e ao recém-nascido. “Essa recomendação tem como marco legal a Lei 7.498 de 1986, que regulamenta a atuação do enfermeiro obstétrico em partos e está em vigor há 25 anos no país”, afirmou.
De acordo com a professora Tatiana, a prática assistencial dos enfermeiros obstétricos é voltada à valorização da mulher, a fortalecer o processo de parir, a tratar com carinho e respeitar o seu tempo, propiciar cuidados para o alívio da dor, estimular exercícios, massagens, deambulação, permitir o apoio de familiares durante esse processo e orientar a família sobre o que ocorre durante o trabalho de parto. Tudo isso com a autonomia para adotar as medidas que se façam necessárias.
“Ainda em relação ao cuidado de Enfermagem em Obstetrícia, devemos considerar que esse cuidado acontece no período marcante para a mulher, pois é um momento de celebração da vida. O processo do cuidar é um ato intrínseco ao fazer Enfermagem, sendo necessária, durante todo o processo do partejar, a valorização desse cuidar através de um partejar humanístico, que respeite e valorize as singularidades da parturiente”, asseverou.
Para atuar na área de obstetrícia, a professora destaca a necessidade do desenvolvimento de habilidades e competências para a aquisição de segurança técnica, que possibilitará ao profissional perceber as múltiplas e complexas dimensões que envolvem o parto. “Tendo a percepção que esse processo é um evento social com influências culturais, que exigirão um profissional diferenciado através de uma formação ética-humanística e científica para prestar um cuidado à mulher de maneira atenciosa, empática e segura. Através de um profissional que reconhece a importância do diálogo, da atenção ao bem-estar físico, mental, social e espiritual”, especificou.
A oferta de um ambiente acolhedor e tranquilo para esse momento decisivo na vida da família é a missão do enfermeiro obstétrico. “Desta forma, a relação entre o enfermeiro e o cliente terá um terreno fértil para o desenvolvimento de ações educativas em saúde transformadoras, obtendo no cuidado um grande alicerce do fazer da Enfermagem. Esses são fatores importantíssimos no processo de mudança na assistência humanizada à saúde da mulher”, arrematou.
Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo 2021.1 da Faculdade Florence! Os interessados em cursar Enfermagem na Instituição, além de um ensino de excelência, destaque em toda a região, contarão com o benefício da 1ª mensalidade a R$ 49, além de outras vantagens diferenciadas.
O estudante que ingressa no curso de Enfermagem da Florence tem acesso a uma formação ética, técnica e intelectual reconhecida no Maranhão. Já no início do curso terá oportunidade de realizar práticas com a comunidade, desde o primeiro período, e terá possibilidade de envolvimento com pesquisa e extensão, facilitado por um corpo docente qualificado e acessível.
O curso também conta com laboratórios multidisciplinares e específicos muito bem equipados para proporcionar uma vivência de qualidade para os alunos. “Além disso, quem estuda Enfermagem na Florence garante alta empregabilidade, devido à abordagem humanística e científica da Instituição, e se torna um profissional multicompetente e destacado no mercado de trabalho maranhense”, enfatizou a professora Ana Larissa Nogueira, coordenadora do curso.
Ficou interessado? Ainda dá tempo de participar do vestibular 2021.1. Inscreva-se agora!