Obesidade deixa as pessoas mais suscetíveis à morte por covid-19

Obesidade deixa as pessoas mais suscetíveis à morte por covid-19

Segundo estudos, quanto mais alto o IMC, maior a gravidade da infecção pelo vírus
Graduação | 27/08/2020
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A obesidade, doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, é um fator que agrava o estado de indivíduos contaminados pelo coronavírus e os deixa mais suscetíveis a morrer de covid-19. Um estudo realizado por pesquisadores e médicos da Califórnia (EUA), publicado em meados de agosto na revista “Annals of Internal Medicine”, revelou que os pacientes obesos tinham até quatro vezes mais chances de morrer pela doença, especialmente homens e menores de 60 anos com Índice de Massa Corporal (IMC) elevado.

A pesquisa analisou dados de 5.652 pacientes atendidos na Califórnia, que levaram à conclusão de que a associação entre o IMC e o risco de morte de pacientes diagnosticados com covid-19 é inegável. No estudo, foram excluídos fatores extras como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e outros e a contagem do desfecho dos casos foi feita 21 dias após o início da infecção.

“A obesidade é uma das doenças crônicas que mais leva as pessoas a serem hospitalizadas ao contrair o novo coronavírus, resultando em internações e necessidade de ventilação mecânica. Estudos têm mostrado que a gravidade da infecção aumenta à medida que o IMC cresce”, corroborou a professora Nádia Matias, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Florence.

Segundo a professora, os motivos pelos quais isso acontece ainda estão sendo esclarecidos, mas acredita-se que o processo inflamatório ocasionado pelo excesso de peso/obesidade seria o fator responsável pelas complicações. “A inflamação crônica que está associada à obesidade pode levar ao desenvolvimento de trombose e embolia pulmonar, por exemplo, agravando o estado de saúde desses pacientes”, complementou ela.

De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, no Brasil, mais de 4 mil pessoas obesas faleceram devido à infecção do coronavírus desde o início da pandemia. Quase metade delas tinham menos de 60 anos, índice mais alto para a faixa etária entre as comorbidades.

Obesidade e outras doenças

Além de aumentar o risco de morte quando diagnosticado com covid-19, a obesidade é responsável por trazer outras complicações e doenças para a vida do indivíduo. Entre elas, o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doenças do aparelho digestório, diferentes tipos de cânceres, depressão, ansiedade, distúrbios do sono e outras.

“A obesidade é uma doença complexa e multifatorial, ou seja, vários fatores estão associados ao seu desenvolvimento: fatores genéticos, dietéticos, comportamentais, psicológicos, ambientais, entre outros”, esclareceu a professora Nádia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade a epidemia global do século XXI, portanto, um importante problema de Saúde Pública, a nível mundial. Em todo o mundo, constata-se um crescimento acelerado da doença, que atinge diferentes faixas etárias e todos os níveis de renda.

Tratar a obesidade requer atuação de equipes multiprofissionais e abordagem interdisciplinar. O profissional nutricionista tem um papel fundamental na prevenção/tratamento do excesso de peso e obesidade, pois apresenta competência técnica para auxiliar na redução de peso de forma segura e saudável, através de um processo de reeducação alimentar e acompanhamento do estado nutricional dos indivíduos, contribuindo significativamente para a resolução ou controle de várias doenças associadas.

“Além de realizar ações de Educação Alimentar e Nutricional, que contribuem para a promoção de hábitos alimentares e estilo de vida mais saudáveis”, pontuou a professora.

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