Atualmente, 1,6% da população brasileira doa sangue regularmente, o equivalente a 16 doadores para cada grupo de mil habitantes, ou seja, número de doadores baixo, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, em 25 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, data que tem por objetivo estimular o ato e foi instituída pelo Decreto de Lei 53.988/1964, assinado pelo então presidente Castello Branco.
Apesar do baixo número de doadores, uma bolsa de sangue doada pode salvar quatro vidas e ainda traz benefícios. Dentre eles, o doador garante uma boa saúde ao coração, diminui o risco de câncer, tem o direito de se ausentar no trabalho por um dia ao ano, faz um check-up completo de graça e ajuda ao próximo.
E os benefícios não chegam apenas para quem doa, o tratamento através da hemotransfusão é de grande valia para a recuperação de quem está na Unidade de Terapia Intensiva. Por meio desse procedimento, os pacientes com doenças como o distúrbio de coagulação e anemias têm a chance de ter suas células sanguíneas e de defesa estabilizadas.
“Para nós, cuidadores de pacientes críticos em Unidade de Terapia Intensiva, a hemotransfusão tem uma relevância muito grande no tratamento do paciente. O uso contínuo do sangue como uma terapia, necessita de cuidados, por isso a importância de termos um banco de sangue, com profissionais treinados, nas unidades hospitalares como apoio, otimizando o tratamento realizado pela equipe multidisciplinar nas UTI’s, bem como nos serviços de urgência e emergência, como medidas imediatas na prevenção do agravamento do quadro ou, até mesmo, perda do paciente. Por tudo isso, sempre reforçamos a importância da doação voluntária de sangue”, explicou a Profª Ms. Sandra Santos, das disciplinas de UTI, Urgência e Emergência, Patologia e Saúde Pública do curso de Enfermagem da Faculdade Florence.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Gestão da Qualidade do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemomar), Luciane Pessoa, os números absolutos relacionados à doação de sangue foram afetados diretamente com a pandemia.
“Tivemos no mês de maio uma redução de mais de 100% comparado ao mesmo período do ano passado. Após o retorno gradativo das atividades, e com muito trabalho da captação, estamos retornando à quantidade mínima de segurança para nosso estoque. Contudo, ainda estamos correndo atrás de doadores, buscando suprir a ausência prolongada deles devido à pandemia da Covid-19″, afirmou a coordenadora Luciane Pessoa, que também reforça a necessidade do aumento de doadores no Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, visto que a doação de sangue é uma responsabilidade social.
O aluno do 4º período do curso de Biomedicina Pedro Lucas Oliveira, de 19 anos, fez sua primeira doação de sangue na ação “Florence Solidário”, realizada em setembro na Faculdade, em parceria com o Hemomar. A ação objetivou abastecer o estoque de bolsas de sangue do Centro, que estava escasso devido à pandemia da Covid-19. Ele decidiu doar porque, no decorrer do seu curso, entendeu a importância da transfusão sanguínea em cirurgias.
“No dia da ação de doação de sangue fiquei muito comovido em ver pessoas se voluntariando para doar e percebi que meu sangue também podia salvar até quatro vidas, então fiz minha primeira doação. Tem gente em leito de hospital que depende de transfusão de sangue pra poder sobreviver e eu não quero esperar que um dia um familiar meu possa precisar de sangue para poder doar”, contou Pedro Lucas Oliveira, que pretende fazer da doação de sangue uma rotina.
Para o aluno do 2º período de Biomedicina Gerald Santos Dias, de 25 anos, doar sangue é um ato de amor que traz muita satisfação. “Quando eu decidi fazer minha primeira doação na ação Florence Solidário, senti uma satisfação imensa em saber que estava contribuindo para salvar vidas. Não sei quem irá receber meu sangue, mas só pelo fato de saber que uma vida foi salva com minha atitude não há nada mais gratificante. Fiz até agora apenas uma doação, mas não vou parar por aqui, continuarei doando sangue quantas vezes eu puder”, disse o aluno
Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro para uso subsequente em transfusões de sangue.
O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do nosso corpo, defender nosso organismo contra infecções e participar na coagulação.
A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde doador e a recuperação é imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados entre 450ml e 500ml de sangue.
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e, assim, poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.
A coordenadora do Núcleo de Gestão da Qualidade do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemomar), Luciane Pessoa, explica que para doação de sangue são seguidas as normas técnicas do Ministério da Saúde, que permitem ou impedem a doação. Ela também lembra que o Hemomar se adaptou aos protocolos de segurança e se preparou para receber de forma segura seus doadores, seguindo todas as normas de prevenção à pandemia da Covid-19.
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